PROFESSORES
Mesmo com adesão parcial da classe, grevistas provocam tumulto no trânsito
O primeiro dia de greve dos professores da rede pública estadual de ensino teve adesão apenas parcial da categoria. O que já era esperado, segundo Rosa Barradas, coordenadora distrital do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp). "Houve acordo com o Sindicato para que aquelas escolas que ainda estão fazendo avaliação (prova) concluam o processo antes de aderir ao movimento", afirmou, ontem de manhã, durante a mobilização que teve início em frente ao Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) e terminou com passeata até o Centro Integrado de Governo (CIG), na Avenida Nazaré, onde os professores foram recebidos pelos secretários de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, Promoção Social, Nilson Pinto, e Administração, Alice Viana. A audiência, de mais de uma hora, terminou sem acordo.Os professores exigem o pagamento integral do piso salarial instituído pelo Ministério da Educação (MEC) e aprovado pelo Senado (Lei 11.738 de julho de 2008). "Tínhamos o compromisso do Governo do Estado de que, assim que saísse o acórdão, o piso seria pago aos professores. O que mudou? O Estado não se planejou ou acreditava na morosidade da Justiça brasileira para retardar ao máximo a decisão?", questionou Williams Silva, coordenador geral do Sintepp.
Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso aos Estados que alegavam que a lei do piso era inconstitucional e determinou o cumprimento imediato da lei. O Pará e outros nove Estados alegavam não ter disponibilidade orçamentária para integralizar o novo piso salarial que é de R$ 1.187,97. "O Estado reconhece o direito da categoria ao recebimento integral do novo piso, mas dependemos de recursos do Governo Federal para fazer cumprir a lei", afirmou Nilson Pinto, durante a reunião com representantes do Sindicato.